Foda-se a inocência, a incoerência, o medo de ser e fazer por ter.
Foda-se o silêncio, a ausência, a indiferença que vem de você.
Fodam-se suas limitações, seu senso raso, seu disfarce adaptado.
Foda-se seu trabalho, seus sorrisos inventados, sua farsa rotineira, felicidade passageira.
Fodam-se suas opiniões pouco embasadas, seus pratos gourmetizados, sua felicidade perene, seus cadernos desenhados.
Fodam-se os grifos feitos, suas fotos tiradas, suas verdades inventadas por vezes adaptadas.
Foda-se sua orientação, sua convicção, sua história e o seu quase nada.
Foda-se aquilo que vejo, o reflexo do avesso, o pequeno gracejo de quem imagina saber como fazer coalhada.
Foda-se o seu dinheiro, seu destino certeiro, sua família amanteigada.
Foda-se a sua inadimplência, parca moral ou ciência, suprimida ética destoada.
Foda-se o seu ser social, cultural, modal, angelical ou não.
Fodan-se seus ganhos e suas perdas, suas lágrimas e seus sorrisos, seu carisma introvertido, seu eterno entardecer.
Foda-se seu gosto pouco, sua fé muita ou nula, suas disposições e razões.
Foda-se o que fala e escreve, aquilo no que se atreve, no que sonha viver ou conta orgulhoso ter tido.
Fodam-se os seus títulos, convenções, formações, inconformismos e aforismos prediletos.
Foda-se e goze sozinho...ou só!
FODA-SE!
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